sexta-feira, 22 de maio de 2009

Devotos 20 anos - Entrevista


Devotos lança seu primeiro CD ao vivo.Vinte anos da história da banda em 31 músicas ao vivo. A espera acabou. O primeiro disco ao vivo da Devotos - gravado em setembro passado, no Alto José do Pinho - já está circulando pelos ouvidos da cidade. Com distribuição da Monstro Discos e prensagem de 2 mil cópias, o quinto álbum da carreira do trio formado por Cannibal (voz e baixo), Celo Brown (bateria) e Neilton (guitarra) faz parte das comemorações pelas duas décadas da banda. O disco “Devotos 20 anos” serve como documento da sólida trajetória do grupo mais importante do Alto, trazendo 31 momentos do valor da Devotos.A coletânea traz 11 faixas do “Agora está valendo” (1997), sete do “Devotos” (2000), quatro do “Hora da batalha” (2003) e sete do “Flores com espinhos para o rei” (2006). As músicas aparecem com o acréscimo da energia de uma apresentação ao vivo, estão faixas que marcaram época como “Tem de tudo”, “Vida de ferreiro”, “Eu tenho pressa” e o hino “Punk rock hard core Alto José do Pinho”, com o refrão “foi do c***” cantado a plenos pulmões por quem foi ao Alto naquele 21 de setembro de 2009.O disco também traz dois covers - “A matadeira”, em versão pauleira do Cordel do Fogo Encantado, e “Mim daí”, clássico do Matalanamão. A primeira ganha a contribuição da voz de Lirinha, que também participou da faixa anterior, o reggae “Dança das almas”. O mesmo acontece com Adilson Rorona (voz) e Adriano Leão (guitarra), membros da Matalanamão, envolvendo-se tanto em “Mim daí”, como em “Sociedade Alternativa”. A festa também contou com as presenças de Clemente (Inocentes) em “Alien” e “Brincando do jeito que dá”, e do Afoxé Ylê Egba em “Mas eu insisto”. “A Devotos nunca quis ficar presa ao rótulo de banda punk, por isso chamamos amigos que fazem outros gêneros, mas estão na mesma batalha. Colocar o afoxé foi doideira. A gente não sabia como ia ficar, mas gostei muito do resultado”, avalia Cannibal. O cantor, porém, reconhece que a qualidade do produto final poderia ter ficado melhor. “Nunca fica como a gente imagina. Na hora da mixagem vimos que o baixo não estava legal e tentamos maquiar. Quando é erro até fico tranquilo, porque tem o espírito do show, mas timbre de instrumento é pau”, admite Cannibal. Nada, no entanto, que quebre a devoção do público pelo grupo, correspondida em dobro pela força da muralha sonora da Devotos.A banda pretende fazer um show de lançamento do disco no Bonsucesso, mas ainda não tem data fechada, devendo acontecer no próximo mês. Depois de um ano quase todo dedicado ao processo de gravação do álbum, a Devotos pretende retomar sua agenda de shows. “A onda desse ano é tocar. Estamos tentando fazer o circuito da Abrafin”, adianta o vocalista. Jornal Folha de Pernambuco

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